“Vontade de Potência é a capacidade que a vontade tem de efetivar-se. Quer expandir-se, dominar, criar valores, dar sentidos próprios. Isto significa ser ativo no mundo, criar suas próprias condições de potência. É um efetivar-se no encontro com outras forças.”
As pessoas agem como agem porque há uma vontade de potência que as move. Esta nos move para nos tornarmos quem nós somos. A partir disso, geram resultado àqueles que buscam o aprimoramento nas circunstâncias, mesmo que isso signifique se arriscar, sendo essa melhora decorrência da capacidade de se expressar plenamente.
Isto decorre das nossas próprias experiências, as quais produzem o sentido da vida; é necessário, primeiro, movimentar-se no questionamento existencial. Este composto por superar certas ideias, compartilhar de diferenças nas interações para nos tornarmos quem somos. O externo não controlamos, mas esperamos reger o interno e nele focar. Na consciência de quem eu sou e da minha capacidade de potência, há uma transcendência. E a única maneira de alcançá-la é se arriscar, viver de forma “perigosa” — se movimentar.
A dor é uma certeza nessa existência. Ter um sentido no sofrimento faz com que possamos suportar a dor. “Quem tem por que viver aguenta quase todo como” – Nietzsche. E, quando nos direcionamos para servir a algo ou a alguém além de nós mesmos, alcançamos a transcendência (baseado na obra de Frankl, “Em busca de sentido”). Conveniente e cômodo é existir e se mover no cinismo, porque não há intensidade no agir, no caminhar ao seu propósito.
O cinismo é uma facilidade porque se movimenta no nada, no abismo, no vazio. São sujeitos cuja vivência se pauta na alternância entre a angústia e o tédio, segundo Schopenhauer. E, sendo audaciosa na análise, tais sujeitos cínicos podem ser comparados àqueles que agem no conformismo, citado por Frankl, ou seja, indivíduos sem subjetividade, que se movem apenas na imitação daquilo que o outro faz.
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