A idade escolar: como motivar os filhos para serem bons alunos?
Motivar os filhos para que tenham um bom desempenho escolar ou, antes de tudo, estimular o prazer de aprender e desenvolver as competências ou estratégias necessárias para que possam seguir na vida aprendendo cada vez mais por conta própria, é uma das tarefas mais importantes que todos os pais e mães não têm a opção de se eximir ou negligenciar.
Quais seriam então os melhores caminhos para se atingir estes objetivos?
O papel dos pais como educadores de seus filhos é amplamente estudado no mundo todo a partir da teoria da aprendizagem cognitiva social de Albert Bandura, principalmente para desenvolver programas de intervenção que apoiam os pais no sentido de prevenir ou lidar com problemas na educação dos filhos. Como diversos exemplos que tenho acompanhado nos últimos anos nos estudos que tenho realizado.
Uma ênfase muito importante na teoria de Bandura é dada à capacidade do ser humano aprender através de modelos observados, sejam eles positivos ou negativos, por um processo que envolve a atenção, retenção, produção e motivação.
Primeiramente, os pais precisam servir de exemplo aos filhos para o comportamento que desejam ensinar. Além disso, despertar a atenção deles e certificar-se de que conseguiram isso, ajudá-los a criar suas próprias estratégias de retenção do conhecimento que lhes sejam significativas (símbolos, frases, palavras, desenhos…), promover espaços para produção e expressão do que aprendem e, por fim, estimular motivos para a execução do comportamento (no caso, estudar) através de oportunidades e o estabelecimento de consequências claras auto-satisfatórias (reconhecimento, auto-elogio, metas, gratificações…).
Na prática, pais que costumam sempre estudar (ou estão nas fases de graduação e pós-graduação em suas profissões) têm uma excelente oportunidade de cumprir com seu papel para ensinar os filhos o valor das atividades intelectuais. Ao invés de ser um obstáculo devido o tempo que os estudos nos exigem, é possível fazer destes momentos mais uma atividade comum para toda família. Obviamente, se não valorizarmos a importância de nós mesmos sempre estudarmos algo, mesmo depois de formados em alguma profissão, não teremos como ensinar este comportamento.
Então, que as atividades de leitura possam envolver todos em casa, com momentos de silencio e concentração, seguidos de diálogos sobre o que cada um está aprendendo, exposição desses novos conhecimentos e a prática dos elogios, gratificações e reconhecimentos sejam uma constante nas relações familiares.
Luis Antonio Silva Bernardo
Psicólogo CRP 19/004142