Há relação entre ansiedade e estresse? Claro que sim. Pessoas estressadas geralmente são ansiosas e pessoas ansiosas podem sentir-se estressadas.
Atualmente parece difícil ficar ileso a esses sentimentos em meio a tanta correria, excesso de trabalho e informação. Porém, ao contrário do que pensam, ansiedade e estresse não são totalmente vilões. Tanto um quanto o outro são reações normais, e necessárias, no dia a dia de qualquer pessoa. A ansiedade é um estado de alerta quando estamos diante de algo que nos ameaça ou desafia, preparando-nos para uma ação. O estresse, inicialmente, também funciona como uma defesa do organismo frente a uma situação de tensão que pode ser externa ou interna. Ou seja, um pouco de cada um nos prepara para enfrentar situações difíceis, a pensar rápido em busca de uma solução ou a lidar com situações de pressão.
O problema é quando a ansiedade ou o estresse são frequentes e intensos. Nestes casos, ultrapassam o limite do que é considerado saudável, provocam doenças emocionais e prejudicam a nossa qualidade de vida. O drama é que a maioria das pessoas não reconhecem esta linha divisória entre o que é saudável e onde se transforma em desequilíbrio físico e emocional.
Assim, é preciso estar atento às reações que o organismo sinaliza como irritação, cansaços físicos e mentais constantes, alterações do sono, perda da libido, dores de cabeça, de estomago ou musculares, além do envelhecimento precoce, para citar alguns. Quando a ansiedade e o estresse são elevados, tais sintomas provocam alterações hormonais.
Outro ponto importante a ser considerado são as situações ambientais. Algumas delas provocam estresse e ansiedade, sejam aqueles acontecimentos que geram tensão, como a pressão no trabalho, doença familiar, ou até mesmo alguns hábitos diários que, muitas vezes, o próprio indivíduo não percebe o perigo em que está inserido.
Um exemplo disso são aquelas pessoas que tem acúmulo de tarefas, que assumem compromissos além da conta, centralizando tudo, até mesmo responsabilidades que são de outras pessoas. Elas são suscetíveis a doenças, pois a sensação de ter que fazer tudo, e considerar que pode não dar tempo, eleva a ansiedade e o estresse. E uma vez que elas têm dificuldade de gerenciar o próprio tempo, pelo excesso de afazeres, dificilmente sobra espaço no dia a dia para cuidarem de si, até mesmo para expressarem suas emoções. E estas, quando não canalizadas de maneira adequada, transformam-se em doenças. Por isso, se as causas não forem tratadas, os problemas podem se agravar. É um ciclo.
Para reduzir os níveis do estresse e ansiedade é preciso algumas mudanças, internas e externas. Dentre elas é possível sugerir: planejar o dia, concentrar em uma tarefa por vez, aprender a dizer não sem despertar culpa, rever as próprias emoções, principalmente aqueles que levam a uma crença negativa sobre si.
Exercitar isto é uma questão de sobrevivência, antes que aquilo que é defesa se transforme em algo insuportável.
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