É comum encontrarmos pessoas que têm um excesso de autocrítica, que se julga o tempo todo e não possui uma imagem positiva sobre sim.
I. Por que isso acontece?
Do ponto de vista psicanalítico, isso acontece devido as ações de um superego rígido. O superego é a parte do Eu encarregada de comparar o Eu Real com o Eu Ideal. E as pessoas que possuem um padrão de autocritica exagerado possui um superego exacerbado.
II. Quais são as causas?
O superego é formado a partir da internalização da dimensão coercitiva do cuidado parental. E nestes casos, a possível causa deste comportamento autocritico é um superego derivado da convivência na infância com cuidadores excessivamente dominadores e/ou controladores.
Então, durante a infância, o superego exacerbado se torna um mecanismo de defesa contra a convivência familiar. Para sobreviver emocionalmente, a criança terá que concordar com o que acha que os adultos pensam dela.
Exemplo: “se não me deixam fazer nada sozinho é porque não sou capaz de fazer nada que seja bom”
Logo, a criança que foi privada da autonomia e da espontaneidade cresce como um adulto que não aceita sua imagem positiva e vive em um mar de autocriticas e cobranças, não sendo capaz de reconhecer suas habilidades.
III. Como a terapia pode ajudar?
A terapia psicanalítica contribui para auxiliar o sujeito de análise a compreender o que é dito por trás desta repetição ao comportamento de autocritica excessiva e constante.
E assim, durante o tratamento, o analisando se torna capaz de se livrar das amarras deste superego exacerbado e construir sua autoconfiança.
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