Relações familiares nem sempre são fáceis. Ainda que a família seja reconhecida pelo amparo e pela união que geralmente oferece, ela também pode ser um ambiente de conflito, e mesmo famílias com relações harmoniosas estão sujeitas a desentendimentos e problemas.
Essa situação não é nova: contratempos nas famílias datam desde o início dos vínculos familiares, mas agora ganham novos desafios próprios da modernidade, como a correria do cotidiano e a expansão da tecnologia.
E, claro, há também outro agravante para esses problemas: a adolescência.
Manter um bom relacionamento entre pais e filhos na adolescência é um desafio ainda maior no cenário dos dias de hoje. Não à toa, são frequentes os retratos do tema na ficção.
Rebeldia, hormônios à flor da pele, experiências novas, mau humor, impulsividade, demonstrações de irritação… Embora possa ser uma época riquíssima para o autoconhecimento, a adolescência é difícil tanto para o jovem como para a família, que pode ver o relacionamento entre pais e filhos se tornar conflituoso.
Tanto que a adolescência do filho é um período temido pelos pais, que veem o convívio em casa sair do rumo desejado. A comunicação torna-se cada vez mais difícil e o distanciamento acaba virando rotina nos lares com filho adolescente.
Mas então como fazer para deixar a situação dentro de casa mais equilibrada e não ter problemas na convivência? Vamos dar algumas dicas para melhorar essa relação!
Lembra daquela frase “diga-me com quem andas e te direi quem és”? Ela é mais verdadeira do que nunca na adolescência, quando há uma necessidade imensa de aceitação social.
Conhecer os amigos do filho é fundamental para entendê-lo melhor e conseguir oferecer com mais segurança as orientações de que ele precisa, principalmente em relação às más companhias.
Pais muito rígidos costumam dar uma atenção excessiva às notas escolares, mas é preciso entender que os tempos mudaram e, hoje, não são somente as notas no colégio ou o curso universitário que irão determinar o futuro do seu filho. Mantenha a cabeça aberta e procure dialogar sobre quais são os desejos do jovem.
Mesmo que vocês tenham diferenças significativas de ideias, não deixe que isso crie um abismo na relação com seu filho, já que o distanciamento é um dos principais problemas nos relacionamentos entre pais e filhos na adolescência. Caso sinta-se distante dos pais, o adolescente pode ficar mais propenso a mentir e ter comportamentos “rebeldes”.
Como manter-se próximo ao seu filho se você não se colocar à disposição para conversar sobre tabus das descobertas na adolescência e problemas do dia a dia, como sexo, drogas e violência?
Por mais difícil que seja falar sobre alguns temas, procure não fugir do diálogo. É melhor que o jovem tenha a própria família como referência principal, permitindo que ele tenha esse tipo de conversa dentro de casa, não apenas fora.
Essa é uma reclamação recorrente dos adolescentes: pais que não os escutam. Então faça diferente e demonstre sensibilidade e empatia, mantendo a porta do diálogo aberta, para que seu filho sinta-se à vontade para desabafar quando quiser.
Muitas vezes, adultos assumem uma superioridade pelo conhecimento adquirido ao longo da vida e acabam esquecendo que também já foram adolescentes um dia.
Evite relações muito rígidas e com excesso de cobranças, além de frases autoritárias ou desmerecedoras, como “não fez mais que a obrigação”. Em vez disso, foque em críticas construtivas, procure explicar suas atitudes e dê o devido reconhecimento quando for o caso.
A adolescência é o meio termo entre uma criança e um adulto. É natural que novas experiências aconteçam na vida do jovem, como primeiro namoro, perda da virgindade, idas às festas… Embora possam assustar os pais, essas vivências são fundamentais para o crescimento do jovem.
Crie uma relação de confiança com ele e analise se as regras impostas nesse relacionamento entre pais e filhos na adolescência têm sido apropriadas.
Nem todas as novas experiências serão boas. Algumas podem gerar conflitos entre pais e filhos adolescentes, como uso de álcool, cigarro e ficar na rua até mais tarde. No lugar de apenas castigar e repreender, converse com seu filho.
Em alguns casos, não há muito a ser feito, mas o diálogo ajuda a evitar mentiras. Se a situação piorar mesmo com as conversas, pode ser o caso de procurar ajuda profissional.
Sabemos que os anos de relacionamento entre pais e filhos na adolescência podem ser bastante difíceis, mas como uma pessoa adulta, procure ter uma conduta apaziguadora! Respeite o momento de aprendizado e mantenha-se sempre próximo.