Já ouvi esse tipo de frase em atendimentos e ontem à noite ouvi no filme “Clinical” (Netflix), e resolvi falar sobre.
As pessoas procuram a terapia como alívio para suas dores e sofrimentos, mas não há fórmula mágica ou resposta pronta que possamos dar como terapeutas.
Não nos cabe dar conselhos, isso seria partir de uma posição de quem fala de algo que funcionou em sua própria experiência, mas que pode não servir para o sujeito que nos procura e é um universo à parte, uma biografia que começamos a acompanhar com a história já bem adiantada.
Soluções genéricas também não servem, pois não estaríamos respeitando o contexto e a história de cada um, além de seu próprio tempo para esgotar sua posição e, então, quando fizer sentido para ele, partir para outra.
Uma forma que eu gosto de colocar o trabalho do terapeuta é: fazemos as perguntas certas, mediamos este encontro do sujeito consigo mesmo, somos suporte para sofrer e entrar em contato com suas emoções, andamos lado a lado respeitando sua autonomia e escolhas. Este é nosso 50%. Parte dos 50% do cliente é, justamente, decidir o que fazer com o que surge a partir de seu processo.