Desde que o Brasil precisou entrar em quarentena por causa da pandemia do coronavírus, os atendimentos de saúde presenciais tiveram que ser substituídos pelas consultas online. Foi o caso da psicoterapia, que precisou ser feita por videochamadas de WhatsApp ou Skype e até ligações.

Há dois anos, o CFP (Conselho Federal de Psicologia) liberou a prática online, sendo necessário o profissional informar ao órgão que o atendimento não seria feito de forma presencial. “O paciente tem essa opção desde 2018 e não muda nada no atendimento. O profissional deve seguir as mesmas linhas e cuidados”, explica Ana Sandra Fernandes, psicóloga e presidente do conselho.
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A especialista ressalta ainda que o recurso pode ajudar ainda mais as pessoas que estão passando por um momento grande de fragilidade e anseios. Segundo Fernandes, a única mudança feita diante desse cenário emergencial é que antes os profissionais precisavam registrar no órgão que o atendimento seria feito online, e agora, por causa da pandemia, esse pedido não precisará ser feito nos meses de março e abril.
Tem diferença?

Angélica Cardoso Martins, psicóloga do programa Saúde Integral do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (SP), explica que não tem diferença nenhuma. “O vínculo estabelecido não muda, o acolhimento não muda. Nada é prejudicado”, ressalta.

Os mesmos recursos usados durante o atendimento presencial são levados em consideração na hora de uma consulta online. A psicóloga explica que a forma de acolher é a que deve ser levada em consideração. Além disso, todo feedback, intervenção, palavra e troca são os mesmos durante a terapia.

Um dos pontos mais importantes é que a pessoa que já fazia o tratamento presencial antes continue com as sessões, mesmo que online. “No começo pode haver estranhamento, mas ambos vão se adaptar. O que não é aconselhado é interromper o tratamento e seguir sem orientação profissional”, diz Martins.

O mesmo vale para pessoas que estão em busca de uma ajuda profissional. Mesmo que as consultas presenciais estejam suspensas, se antes havia interesse em procurar ajuda, é justamente nessa fase que a pessoa não deve desistir ou ignorar sintomas.

Embora nem todas as pessoas se sintam confortáveis ou seguras com o método online, todos os cuidados e segurança em relação ao paciente são seguidos. “As tecnologias estão aí para ajudar, então, é mais uma ferramenta para não deixar o paciente sozinho nessa fase tão difícil”, diz Fernandes.
“Achei estranho no começo, mas me senti aliviada”

Eu, Priscila —a repórter que escreve esse texto—, resolvi fazer o teste e ver como ia reagir a essas mudanças também. Estava sem fazer terapia há uns oito meses e decidi voltar há três semanas para rever algumas questões. Por causa da quarentena, minha terapeuta sugeriu começarmos na semana passada via WhatsApp. Por causa da má conexão, não conseguimos usar o recurso de vídeo e mudamos para ligação.

No começo, achei estranho não ver o rosto da minha psicóloga e não saber se de fato ela estava prestando atenção ou até mesmo como era para ela não me ver ou captar minhas expressões —eu sempre fico em uma cadeira sentada para ela.

Fomos tentando, fui pontuando algumas coisas e ela foi falando também. Confesso que no final da sessão eu fiquei mais aliviada, me senti mais acolhida e acho que se não tivesse feito, mesmo que por telefone, estaria mais ansiosa.

Embora tenha gostado de realizar o tratamento, ainda acho necessário ter o contato visual com o meu terapeuta e captar as reações e a linguagem corporal.
E quem cuida da saúde dos terapeutas?

Se não bastasse outros problemas da vida, estamos sendo bombardeados diariamente com notícias sobre o coronavírus. Quando saímos da sessão de terapia, temos a sensação de bem-estar, acolhimento e desabafo. No entanto, o profissional, mesmo que esteja ali para auxiliar, também está enfrentando esse momento difícil.

Fernandes explica que, assim como qualquer outra pessoa, o profissional também deve olhar para sua saúde mental. Por isso, todo terapeuta precisa ter um profissional para que ele também faça terapia e consiga filtrar informações referente a esse atual momento, além de questões pessoais.

Outra medida, segundo Martins, é seguir protocolos de saúde que ajudam a se dispersar um pouco diante desse cenário. “O ideal é não acompanhar tanto as notícias, só ver o necessário, ler, ou fazer atividades que relaxem”, afirma.

“Não devemos esquecer que os profissionais de saúde também podem adoecer e por isso, agora, precisamos seguir e enfatizar todas as medidas que precisam ser tomadas quando falamos de saúde mental”, finaliza.

Priscila Carvalho Do VivaBem,

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