A frase “todo excesso esconde uma falta” traz uma reflexão profunda, pois sugere que quando alguém se envolve em excessos, seja em sentimentos, consumismo ou qualquer outra ação, há uma falta subjacente que impulsiona esse comportamento.
Estes excessos podem assumir muitas formas, por exemplo, alguém que come em excesso pode estar tentando preencher um vazio emocional, buscando conforto na comida quando se sente angustiado. Da mesma forma, o consumo desenfreado pode ser uma tentativa de preencher um vazio interior com bens materiais, na esperança de que “satisfazer a falta” com estas aquisições.
Os excessos têm a “intenção positiva” de inibir uma falta, para silenciar, através da repressão, o inconsciente que tenta se evidenciar.
As pessoas usam os mais diversos mecanismos para esconder suas dores e “fugir” do seu vazio, e assim repetem (inconscientemente) ações que suprem este vazio (ou falta), mesmo que provoquem sofrimento.
A ideia de falta e a sensação de incompletude desperta angustia em muitos de nós, e cada um reagirá a isto de uma forma.
O processo de análise pessoal pode ser visto como uma via para a escuta deste sofrimento, auxiliando o paciente a romper as censuras aos conteúdos inconscientes. E desta forma recordar a falta que o excesso esconde, tornar consciente as repetições e assim, elaborar como lidar com esta falta sem recorrer aos excessos.
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